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quarta-feira, 23 de julho de 2008

O eco do meu coração

Fogo desejo ardente de mudança
Ansiedade por não saber o que me espera
Incoerencia e falta de convicções fortes
Inconstancia como se nada em mim fosse permanente
Medo o mais horrivel dos inimigos
Repulsa por mim e pelo mundo
Erro que me enche de culpa
Carga que eu não quero mais carregar
Peso por não ser digno
Energia que eu deixo acabar
Razão abandona-me tantas vezes
Irresponsabilidade conceito impreciso
Paz luz da minha vida
Irreverencia pequena vaidade
Catástrofe vai-se abater sobre mim
Imoralidade conceito impreciso
Fé não me abandones
Imortalidade noutro conceito de vida
Caminho o que procuro desde sempre
Perda é vazio
Valerá a pena dar significado ás palavras se estas nos ajudarem a dar significado á vida.
O que elas querem dizer dentro de nós.
O que ressoa no eco dos nossos corações.
Perde-se a lógica e a razão e o verdadeiro significado é o eco nos nossos corações.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Carpe Diem

Hoje gostava de olhar para este dia e não desejar que já tivesse passado.Gostava de o disfrutar,saborear,envolver-me com ele como se envolvem dois amantes despreocupados com o mundo que corre lá fora.
Olhar-lhe nos olhos e dizer sem reservas amo-te.
Quero disfrutar-te até ao ultimo raio de Sol.
Aproveitar a frescura da tua manhã,da humidade das primeiras horas,sentir o teu aquecimento progressivo e viajar com o meu olhar aproveitando a boleia das nuvens que passam.
Perder a consciencia de onde estou e para onde me dirijo e simplesmente .........sentar-me no seu colo e deixar que me passei por onde lhe aprouver.
É assim que concebo o ideal dos meus dias.
Será isto um pensamento despropositado.
A aceitação da realidade confronta o desejo de um ideal.
A presunção de moldar a vida a nós transporta em si um peso de vaidade que contraria a simplicidade da aceitação.
Seres infinitamente pequenos que somos a julgar que o Sol gira em torno de nós.
É reconfortante mas não deixa de ser uma vaidosa presunção.
Admiro intensamente as pessoas que aceitam a sua vida nos bons e nos maus momentos com a mesma graciosidade.
São estes humildes seres em que me tento inspirar pela leveza que transmitem.
Nesta leveza guardam um dos segredos mais importantes da vida.
Em cada dia derramam pétalas de flor no rio da sua existencia .
E as margens deste rio como se alargam para que tudo flua mais livremente.
Como se tornou tão complexo abraçar a simplicidade?

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Os Mares do meu destino

Desespero por uma luz.
Uma luz ténue e bela que me guie para o porto da minha quietude.
Desejo a tranquilidade e não o reboliço de gentes que chegam e partem sem deixar saudade.
Abomino o vazio das multidões e o frenesim dos ratos de experieencias mil que correm e recorrem nos seus labirintos.
Dão-me repulsa as obrigações e convenções.Os tratados e acordos ,as penalizções e julgamentos.
Desejo que a noite que pausa a recorrente correria não cesse e que por milagre ou por destino permaneça embalado nos sonhos até que a mente purgue esta bilis amarga que me corroi a paz e a alegria.
Desejo acordar desta ilusão pesada e castigadora que perverte e tenta esculpir cada ser á imagem da sua deformação.Como um ser feio e cruel que por força elimina a beleza para que a sua fealdade passe desapercebida.
Quero voltar a ouvir a voz conselheira do mar . Inspirar e reter a sua infinita sabedoria.
Quero aconselhar-me com o vento e perceber as suas mudanças de humor.Sentir o sol a beijar-me o rosto sem me queimar.
No fundo rodear-me de tudo o que é verdadeiro e por isso eterno.
Persigo incessantemente a simplicidade por entre a névoa das mentiras do cenário que me rodeia.Todos os dias rasgo o guião que me tentam fazer seguir silaba a silaba e improviso revoltado duas ou tres palavras em cada frase para que me sinta vivo.
Nesta revolta sobrevive a esperança dos que acreditam sempre até ao fim.
Nesta esperança é gerado todos os dias o homem novo.
Volteando e retorcendo ,caminhando, perdendo e ganhando todos os dias algo permanece intocável.
Aquela chispa de fogo que não se apaga.
Chamem-lhe esperança ou loucura.Ela por pequena e refundida é sustento,é base ,é a ancora que me segura á vida.
Não se extingue nem é passageira e por isso a sei verdadeira.
Com este fogacho me uno ao meu próximo fazendo um grande circulo de fogo que na altura em que a névoa se desvaneça irá iluminar e aquecer quem tenha frio e sede e vontade de voltar a ver.
Se a grande mentira me vencer espero ser humilde e caminhar ao lado de todos os cegos e famintos até á fonte.
Saciar a minha sede e pedir perdão pela fraqueza de ter sucumbido á ilusão.
Que o véu se levante e todas as coisas postas a descoberto.
Que todos os segredos deixem de o ser e caminhando nu a harmonia de pertencer ao todo me embale nos seus braços e não mais se afaste.
Que a leveza me transporte no grande voo das aguias e o vento me acaricie o rosto num beijo terno e eterno.
Sei que um dia vou voar .
Sei que a liberdade me aguarda em cada pensamento,em cada palavra,em cada escolha em cada esquina.
Não fora a maldita névoa e já hoje voaria por entre os cumes do meu sentir e sobre os mares do meu destino.